MAJOR APOLLO: O HERÓI QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO

 

Apollo Miguel Rezk (Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1918 — 21 de janeiro de 1999). Ex- Combatente, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, pertenceu à Força Expedicionária Brasileira (FEB), contingente militar brasileiro que participou da Segunda Guerra Mundial. Participou de combates na Itália, mais precisamente em Monte Castelo e La Serra. Por sua bravura e destacada atuação nos campos de batalha da Itália recebeu diversas condecorações do Brasil, e também dos Estados Unidos.

ORIGENS

Filho do Dr. Miguel Jorge Rezk, médico, dentista e farmacêutico, e da Sra. Suraya Mussalli Rezk, ambos imigrantes, ele do Líbano e ela da Síria.

Estudou no Colégio Pedro II, onde bacharelou-se em 1935. Seu ideal era a carreira militar, mas o sonho frustrou-se ao ser reprovado no exame de saúde para a escola Militar do Realengo. Ingressou, então, na escola Superior de Comércio, onde formou-se Perito-Contador. Posteriormente, concluiu o curso de Ciências Econômicas. Em 1939, foi declarado Aspirante-a-oficial da Arma de Infantaria, pelo CPOR/RJ. Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o Ten Apollo foi convocado para o serviço ativo embarcando para a Itália, incorporado ao Regimento Sampaio, no 2º Escalão da FEB, agora como 1º Tenente.

Há dezoito anos, na madrugada de 21 de janeiro de 1999, o Exército viu partir um de seus melhores soldados e a Força Expedicionária Brasileira (FEB) perdeu um dos seus maiores heróis.

A galeria dos destaques da FEB reservara para aquele combatente um lugar de relevância. Em 19 de maio de 1945, no teatro de operações da Itália, o 1º Tenente da Reserva Apollo Miguel Rezk, comandante de pelotão da 6ª Cia do 2º Btl do Regimento Sampaio, era solenemente condecorado pelo General Lucien Truscott, comandante do 5º Exército americano, com a “Distinguished-Service Cross”, mais importante medalha de bravura do governo dos Estados Unidos, pela tomada de La Serra, em apoio à 10ª Divisão de Montanha. O Ministro da Guerra do Brasil, General Newton Estillac Leal, ao promover o Ten Apollo ao posto de Capitão, destacou:

“A promoção se justifica, sobretudo, em virtude da conduta excepcional desse oficial no teatro de operações da Itália, onde, entre as diversas condecorações recebidas por bravura, lhe foi conferida a medalha “Distinguished-Service Cross”, do Exército americano, por heroísmo extraordinário em ação, distinção máxima somente concedida a este combatente brasileiro.”

Anteriormente, em 30 de março de 1945, o Ten Apollo já recebera, na frente de combate, a “Silver Star”, outra importante condecoração do Exército americano, por sua destacada atuação no ataque a Monte Castelo, em 12 de dezembro de 1944. Pelo governo brasileiro, foi condecorado com quatro medalhas: “Medalha de Sangue” (ferimento em ação), “Cruz de Combate de 1ª Classe”, “Medalha de Campanha” e “Medalha de Guerra”. As ações do Ten Apollo, que ultrapassaram os limites da existência física, transformaram-se em páginas gloriosas da história militar do nosso país, onde, infelizmente, os verdadeiros heróis não são cultuados.

O Ten Apollo foi um dos 452 oficiais R/2 combatentes – de um total de 1070 oficiais subalternos da FEB – que embarcou para a Itália, em 22 de setembro de 1944, com o 2º  escalão. Declarado Aspirante a Oficial da Reserva da Arma de Infantaria no CPOR/RJ, em 29 de novembro de 1939, o jovem não se descuidou de sua formação civil: formou-se em Perito-Contador, na Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro, e em Economia, na Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro.

Ao retornar da Itália, após uma passagem pelo COR (Curso de Oficiais da Reserva), prosseguiu na carreira militar, assim como inúmeros oficiais R/2 febianos, e serviu no Regimento Sampaio até 1947, quando foi transferido para o Batalhão de Guardas. A promoção a Capitão veio em 1951, a contar de 1947. Em 1955, foi transferido para a 5ª RM e designado Ajudante de Ordens do General Mário Perdigão.

O Capitão Apollo teve a sua carreira interrompida precocemente. Um antigo problema de pés planos, agravado pelo congelamento no frio intenso do inverno italiano, conhecido como pé-de-trincheira, deixou-o inapto para o serviço ativo. Em 09 de dezembro de 1957, aos 39 anos, foi promovido a Major e reformado.

Esteve presente em seu funeral um oficial da marinha americana, representando o adido. Pouco antes do sepultamento, o militar, ao ser informado que o herói não recebera promoção por bravura, dirigiu-se à filha do Major Apollo nos seguintes termos: “não entendo vocês brasileiros. Na minha terra, alguém com as importantes condecorações de guerra do Major Apollo teria recebido, ao longo de sua vida, as homenagens, o respeito e a gratidão de seu povo.”

Em 1999, o Conselho Nacional de Oficiais da Reserva instituiu a Medalha “Major Apollo Miguel Rezk” para homenagear militares e civis que tenham se destacado em ações de apoio aos oficiais da reserva.

 

“Conspira contra sua própria grandeza o povo que não cultiva seus feitos heroicos”.

 

 

 

MONTE CASTELO E LA SERRA

Em 12/12/1944 em Monte Castelo, comandando seu pelotão, o Ten Apollo conquistou importante posição alemã, após violenta batalha. Pela bravura demonstrada nessa ação, o Ten Apollo foi agraciado com a Medalha “Silver Star“, pelo alto comando americano. Entretanto, o Ten Apollo viria a demonstrar, novamente, sua coragem, determinação e desprendimento quando em 24 de fevereiro de 1945, conquistou La Serra, à frente de seu pelotão, atravessando extenso campo minado e sob pesada resistência inimiga.

Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o Ten Apollo foi convocado para o serviço ativo embarcando para a Itália, incorporado ao Regimento Sampaio, no 2º Escalão da FEB, agora como 1º Tenente.Em 12/12/1944 em Monte Castelo, comandando seu pelotão, o Ten Apollo conquistou importante posição alemã, após violenta batalha. Pela bravura demonstrada nessa ação, o Ten Apollo foi agraciado com a Medalha “Silver Star”, pelo alto comando americano. Entretanto, o Ten Apollo viria a demonstrar, novamente, sua coragem, determinação e desprendimento quando em 24/2/1945, conquistou La Serra, à frente de seu pelotão, atravessando extenso campo minado e sob pesada resistência inimiga.

Ferido e em posição vulnerável, conseguiu suportar os contra-ataques dos alemães e, apesar do poder de fogo inimigo, logrou repeli-los e ainda infligir-lhes severas baixas. Por essa magnífica atuação, o Ten Apollo, já no hospital de campanha, ouviu pela rádio BBC de Londres a seguinte notícia:

“O Comando Aliado na Itália resolveu louvar um Oficial da Força Expedicionária Brasileira pelos seguintes motivos: cada ação em combate é um pretexto para evidenciar suas belas qualidades de soldado e sua excelência no comando do pelotão, conduzindo a sua tropa ao objetivo com o exemplo da sua própria coragem.

Conquistou La Serra, em cujas ruínas se manteve até ser evacuado, ainda lutando, algumas horas depois de gravemente ferido. Sua posição estava cercada de metralhadoras inimigas, a esquerda, à frente e a direita, seis ao todo, as mais próximas distavam cerca de 15 metros do objetivo alcançado e as mais afastadas, 80 metros. Suportou contra-ataques e esteve cercado durante quase toda a primeira noite. Fez cinco prisioneiros.

Ferido em combate às 23 horas do dia 23, só pôde ser evacuado na manhã seguinte, às 10 horas, devido ao intenso bombardeio da artilharia e morteiros a que estava sujeita a posição.Sua audácia em marchar para o objetivo fixado, que sabia fortemente defendido, completou-se com a decisão de manter o objetivo conquistado.

Mesmo ferido, contra-atacado e cercado, em momento algum pensou em retrair.

Revelou bravura, firmeza e acerto de decisão, excepcional calma em presença do inimigo, exata noção dos seus deveres em combate, a par de elevado sentimento de honra militar e superior capacidade de sacrifício”.

Foi condecorado com a Medalha de Campanha, a Cruz de Combate de 1ª. classe, a Medalha de Sangue do Brasil e a Medalha de Guerra, do Governo Brasileiro.

Em virtude de sua destacada ação na batalha de La Serra, o Ten Apollo recebeu do Governo dos Estados Unidos a Medalha “Cruz de Serviços Notáveis”, considerada uma das mais importantes condecorações americanas. Foi o maior herói da FEB, na condição de Oficial R/2, sendo um dos poucos combatentes, em todo o mundo, distinguido com tão importante condecoração.

 

 

PÓS-GUERRA

Após o término da Guerra, o Ten Apollo prosseguiu em sua carreira militar, sendo promovido a Capitão em 3 de setembro de 1951. Casou-se com a Sra. Ivette Antunes Rezk, de cuja união teve dois filhos: Nelson e Nádia. Além do Regimento Sampaio, serviu no Batalhão de Guardas, quando, por ocasião da inauguração do Panteon de Caxias, em 1949, apresentou a Guarda do então Ministério da Guerra ao Presidente da República, Gen Eurico Gaspar Dutra. Serviu, também, em Curitiba, como Ajudante-de-ordens do Gen Mário Perdigão. Em 1957, foi reformado no posto de Major.

 

DESTAQUES

Até hoje, o Major Apollo foi o único militar brasileiro a receber do governo dos Estados Unidos a medalha militar Distinguished Service Cross (Cruz de Serviços Notáveis), a mais alta condecoração antes da Medalha de Honra.

Com exceção da Cruz de Combate de 2ª Classe, o Major Apollo recebeu todas as condecorações entregues a militares da FEB.

O governo dos Estados Unidos enviou um representante (oficial da Marinha) ao funeral do Major Apollo, em 1999.

O governo brasileiro não enviou representantes ao seu funeral.

 

Em 19/05/1945 o Tenente Apollo único  brasileiro agraciado com a Cruz de Serviços Notáveis dos EUA e condecorado pelo General LucianTruscott em Alexandria (Itália).

 

CITAÇÕES

Citação de Combate–Medalha “Distinguished Service Cross” (Cruz por Serviços Notáveis) APOLLO MIGUEL REZK (1G – 153466) – Primeiro Tenente, de Infantaria, da Força Expedicionária Brasileira. Por heroísmo extraordinário na ação de vinte e quatro de fevereiro de mil novecentos e quarenta e cinco, em La Serra, Itália. Foi confiada ao Primeiro Tenente Rezk a missão de comandar o seu Pelotão no ataque e ocupação de La Serra, na frente de determinada resistência inimiga. À despeito de campos de minas desconhecidos, terreno excessivamente difícil e forte oposição, o Primeiro Tenente Rezk conduziu galhardamente os seus homens através uma cortina de fogo de metralhadoras, morteiros e artilharia para assaltar e arrebatar o objetivo inimigo. Embora gravemente ferido quando dirigia o ataque, o Primeiro Tenente Rezk nunca hesitou; pelo contrário, continuando firmemente o avanço. Depois de colocar o seu Pelotão em posição, repeliu três fortes contra-ataques, inflingindo pesadas perdas aos alemães pela sua habilidade na direção do tiro. Depois, embora em posição vulnerável ao fogo das casamatas do inimigo circundante e a despeito das bombas que caíam e da gravidade dos seus ferimentos, o Primeiro Tenente Rezk defendeu resolutamente La Serra, contra todas as tentativas fanáticas dos alemães para retomar a posição. Pelo seu heroísmo, comando inspirado e persistente coragem, o Primeiro Tenente Rezk praticou feitos que refletem as mais altas tradições do Serviço Militar. Prestou o serviço militar vindo do Rio de Janeiro. Quartel General do V Exército – Oficial

Citação de Combate – Medalha “Silver Star” (Estrela de Prata) – APOLLO MIGUEL REZK (1G – 153466), Primeiro Tenente, Infantaria, Força Expedicionária Brasileira. Por bravura em ação, em 12 de dezembro de 1944, em Monte Castelo, Itália. Comandando o seu Pelotão, através de intenso fogo de metralhadoras e morteiros, o Tenente APOLLO chegou até uma posição alemã, assaltou-a e continuou o seu avanço. Chegando a Fornelo, seu Pelotão recebeu intenso fogo de frente, de flanco e da retaguarda, porém o Ten APOLLO tenazmente manteve a posição até ser forçado a se retrair, em virtude de pesadas perdas. O seu bravo comando no combate reflete as elevadas tradições dos Exércitos aliados. Entrou para o serviço militar no Rio de Janeiro, Brasil. (Tradução feita pela Seção Especial do Comando da F.E.B.).
Citação de Combate – Primeiro Tenente de Infantaria APOLLO MIGUEL REZK – 1O R.I. – “em 23-II-1945:- O seu Pelotão integrava a 6a Cia. No ataque à Linha La Serra – Cota 958, e, no conjunto da Subunidade, cabia-lhe apossar-se de La Serra. Na primeira parte da noite se lança na ação. Não obstante o violento bombardeio de artilharia e de morteiros que cai sobre o terreno, o Pelotão progride: alcança o objetivo, investe contra a posição e nela se instala sumariamente. Não terminou, porém, o esforço do Pelotão do Tenente APOLLO. Imediatamente – os alemães contra-atacam, sem resultado, porém, uma vez que a resistência dos brasileiros é forte e tenaz. O Tenente APOLLO é ferido, e só na manhã seguinte pôde ser evacuado por causa dos constantes bombardeios e dos contra-ataques inimigos. A personalidade forte, o espírito de sacrifício, a combatividade, a tenacidade, o destemor do Tenente APOLLO constituem belos exemplos dignos da tropa brasileira”. Gen Div J.B. Mascarenhas de Moraes – Cmt do 1o Esc. da FEB e da 1a D.I.E.

DEPOIMENTOS

“… esta magnífica ação, das mais expressivas e brilhantes da campanha da FEB , transcorreu na noite de 23 para 24 de fevereiro, a partir de 21:15 horas… cerca de 24 horas, era a vez de La Serra, onde o bravo e excepcional Ten Apollo chegara de surpresa a assaltava a posição…” (Marechal Floriano de Lima Brayner, ex-Chefe do Estado-Maior da FEB).
“A promoção se justifica, sobretudo, em virtude da conduta excepcional desse oficial no teatro de operações na Itália, onde, entre diversas condecorações recebidas por bravura, lhe foi conferida a medalha “Distinguished-Service Cross” do Exército americano, por heroísmo extraordinário em ação, distinção máxima somente concedida a este combatente brasileiro”. (Gen Newton Estillac Leal, Ministro da Guerra – 1951).
“…é um bravo, conceituado e admirado por todos, tendo se destacado em todas as ações da Unidade. Disciplinado, muito bem educado, dedicado e capaz. Pode servir de modelo pela sua bravura e exata noção do cumprimento do dever”. (Gen Aguinaldo Caiado de Castro, ex-Comandante do 1o R I, na Itália).
“… por se tratar de oficial de ilibada conduta moral e de valor profissional fartamente evidenciado e reconhecido na paz como na guerra… como também pelo evidente imperativo de zelar por valioso patrimônio moral, que longe de ser exclusivamente pessoal, deve pertencer ao Exército e por ele cultuado”. (Cel Silvino Castor da Nóbrega, ex-Comandante do Batalhão de Guardas).
“… mesmo ferido, contra-atacado e cercado, em momento algum pensou em FONTES retrair. Revelou bravura, firmeza e acerto de decisão, excepcional calma em presença do inimigo, exata noção de seus deveres em combate, a par de elevado sentimento de honra militar e superior capacidade de sacrifício…” (Cap Wolfango Teixeira de Mendonça, Comandante da 6a Cia/II Btl/1o R I – 1945).
“Todavia um dos seus pelotões bateu o recorde do ataque: o do tenente Apollo… que foi de todos o que mais se adentrou pelo dispositivo inimigo. E foi verdadeiramente agressiva a atuação do seu comandante”. (Ten Cel Nelson Rodrigues de Carvalho, ex-Febiano).

 

CONDECORAÇÔES  RECEBIDAS

 

BRASIL

Cruz de Combate 1ºClasse

Medalha Sangue do Brasil

Medalha de Guerra

Medalha de Campanha da FEB

 

USA

Medalha Silver Star

Medalha “Distinguished Service Cross” (Cruz por Serviços Notáveis)

DADOS BIOGRÁFICOS
INFORMAÇÕES GERAIS
Nome: Apollo Miguel Rezk.
Nascimento: 09 de fevereiro de 1918, Rio de Janeiro.
Filiação: Miguel Jorge Rezk e Suraia Miguel Rezk.

Estado civil: Viúvo. Foi casado com Ivette Antunes Rezk. Teve dois filhos: Nelson e Nádia.

Formação militar: CPOR/RJ.
Formação civil: Ciências e Letras, Colégio Pedro II; Perito-Contador, Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro; Economista, Faculdade de Economia e Finanças;
Diretor-Tesoureiro da Cia. de Empreendimentos Comercial e Industrial São Leopoldo (1958/1966);
Assistente da Divisão de Estudos e Pesquisas da Sunab (1967/1976);

Diabético, perdeu a visão no final dos anos 80.
Apollo Miguel Rezk, veio a falecer no ano de 1999, , aos 81 anos, sendo que o governo dos Estados Unidos enviou um representante, um oficial da Marinha, em função de o Major Rezk ter sido o combatente mais condecorado pelo governo americano dentre todos os pracinhas brasileiros. O governo brasileiro não enviou representantes ao seu funeral. O oficial da marinha dos EUA, confidenciou a um dos familiares do Major Apollo: “Não entendo vocês brasileiros. Na minha terra, alguém com as importantes condecorações de guerra do Major Apollo, teria recebido, ao longo de sua vida, as homenagens, o respeito e a gratidão do seu povo.”

O Brasil não trata bem os seus heróis. Bravos que doam ao país o seu sangue, e até mesmo suas vidas e são esquecidos pela sociedade.

 

Fontes de Pesquisa:

2º Ten R/2 de Artilharia, Turma 1961 do CPOR/RJ Sérgio Pinto Monteiro, Presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 CNOR e Ex-presidente da Associação dos Oficiais da Reserva do Exército/Rio de Janeiro.

 

Livro Major Apollo, O Herói Esquecido,

do Autor 2º Ten R/2 Art Luiz Eugenio Bezerra Mergulhão Filho

 

 

 

Não temos o hábito de homenagear nossos heróis da FEB, somente em raras oportunidades são feitas algumas simples homenagens. Estamos perdendo um a um pelo tempo os que ainda vivem, mas precisamos ser dignos para homenagear nossos heróis constantemente pela bravura com que representaram o Brasil na II Guerra Mundial.

 

Na Itália, todos os anos são feitas cerimônias para homenagear os Soldados Febianos, os quais são tratados como verdadeiros heróis.

 

Homenagem Solene no Congresso Nacional aos Pracinhas da FEB.

 

FEB 1944 – PRACINHAS CANTAM O HINO NACIONAL SOB FORTE BOMBARDEIO.

 

 

Por ocasião do retorno, em 1945, de um dos efetivos que integravam a Força Expedicionária Brasileira (FEB), o Navio de Transporte de Tropas (NTT) norte-americano que realizava o retraimento das forças febianas da Itália para o Brasil, aportou em Lisboa, antes de cruzar o Atlântico Sul. O filme produzido por profissionais portugueses da Cinemateca e excepcionalmente bem preservado é um raríssimo registro imagético das tropas brasileiras que participaram da 2ª Guerra Mundial no continente europeu. O Cel Tarso Fragoso era o oficial brasileiro mais antigo das tropas brasileiras embarcadas no NTT. Coube à Unidade denominada Depósito de Pessoal (DP) da FEB desfilar pelas ruas da capital da República Portuguesa naqueles primeiros dias de outubro. Interessante observar que a Polícia de Exército e a Banda da FEB também participaram da parada militar, bem como efetivos e viaturas do Exército de Portugal. No evento, a FEB, representada pelo DP/FEB, foi laureada com a mais alta condecoração militar de Portugal. Este resgate da memória institucional só foi possível pela generosidade dos pesquisadores portugueses, oficiais historiadores do Exército Brasileiro e do Exército de Portugal, bem como dos responsáveis pela guarda deste filme, que anonimamente autorizaram sua divulgação.

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5 thoughts on “MAJOR APOLLO: O HERÓI QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO”

  1. Parabéns!

    Mais uma matéria muitíssimo bem feita, pertinente, importante para a manutenção da memória de todos nós, sobre esse grande nome da nossa história.

    1. Obrigado Presidente COHEN.
      Precisamos manter viva essa memória relacionada a todos nós Oficiais R2. Todo aluno de CPOR/NPOR tem a obrigação de conhecer esse herói esquecido que foi o Major APPOLO e para isso precisamos divulgar entre eles para mantermos viva a história.

  2. O Major Apollo enobrece a galeria dos Heróis brasileiros. Um exemplo para todos nós. Ernesto Nolte, Tenente R/2.
    Brasil acima de tudo.!!!

  3. Somos, realmente, um povo estranho. Deixamos no limbo do esquecimento as pessoas, os acontecimentos e os feitos que deveriam nos servir de exemplo, indicadores de trilhas, e passamos a maior parte do tempo a discutir veleidades ou atos desabonadores praticados pelos maus representantes da nossa sociedade.

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